Entenda a influência francesa na paisagem do Rio de Janeiro!
A moda, os perfumes e até mesmo a modalidade gastronômica “gourmet”, que atualmente faz sucesso nos restaurantes do Brasil, são apenas alguns laços que unem nosso país e a França. Há muito tempo, a cultura francesa influenciou inclusive cidades, em especial a paisagem do Rio de Janeiro.
Nessa cidade carioca, a interferência francesa se confunde com a própria fundação daquele espaço urbano. Sabe-se que Estácio de Sá, em 1565, expulsou os franceses que ali viviam há dez anos.
Os traços franceses, contudo, não sumiram da cidade do Rio. Neste texto você conhecerá alguns detalhes da arquitetura daquela cidade que foram desenhados pela influência francesa.
Desembarca no Rio de Janeiro uma arte da França
Você já deve ter estudado ou ouvido falar sobre a chegada da família portuguesa ao Rio de Janeiro em 1808. Lembra?
Com a corte veio a ideia de trazer artistas franceses para dar uma repaginada na paisagem do Rio. O objetivo era que a cidade ficasse com uma cara mais parecida com as europeias.
Então, a ideia se concretizou e uma comitiva de artistas, incluindo arquitetos, chegou ao Rio para modificar aspectos da cidade.
Por exemplo, o arquiteto francês Grandjean de Montigny foi o responsável pela criação da Escola de Belas Artes, seguindo os moldes da academia francesa e disseminando o estilo neoclássico no Brasil.
Um outro exemplo da influência francesa na paisagem do Rio de Janeiro ocorre em 1860 com o surgimento da Casa Cavé. A mais antiga confeitaria do Rio foi fundada pelo francês Charles Auguste Cavé.
Neste espaço, em funcionamento até hoje, é possível observar lustres, vitrais e vidros que foram encomendados diretamente da França.
Os retoques franceses para reformar a paisagem do Rio de Janeiro
No início do século XX, outros aspectos da cultura francesa reestruturaram a arquitetura do Rio. O modelo de reforma urbana de Paris idealizada por Georges Eugène Haussmann chega àquela cidade para a sua segunda grande reforma do espaço público.
Com traços franceses, o então prefeito Francisco Pereira Passos ordenou abrir grandes avenidas — como foi o caso da atual Rio Branco, uma cópia do modelo parisiense.
Além disso, os prédios e edifícios que habitam essa avenida foram inspirados na Paris da época. É o caso dos edifícios da Biblioteca Nacional, do museu de Belas Artes e do Teatro Municipal.
Aliás, este último foi construído como resultado da união de dois projetos arquitetônicos.
O primeiro era denominado Aquilla e o segundo chamado Isadora, do arquiteto francês Albert Guilbert e também integrante da Associação dos Arquitetos Franceses. Ambos projetos remetiam aos traços e formas da Ópera de Paris.
Na década de 1920, um dos mais luxuosos hotéis do Rio foi construído aos moldes franceses. O Copacabana Palace foi projetado pelo arquiteto francês Octávio Guinle.
O prédio é muito semelhante aos hotéis Negresco, localizado na cidade Nice, e Carlton, situado na prestigiada Cannes.
E ainda vale lembrar do famoso Cristo Redentor. Esta grandiosa escultura foi concebida pelo engenheiro brasileiro Heitor da Silva Costa, mas obteve a colaboração de dois franceses: o escultor Paul Landowski e o engenheiro Albert Caquot.
Esses são alguns detalhes da paisagem do Rio de Janeiro que foram determinados por estilos vindos da França. Assim como a cidade do Rio, também deixe que a cultura francesa faça parte da sua história de vida. Comece a jornada tirando dúvidas sobre o aprendizado de francês.
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